Semana porco-espinho
Disclaimer: porcos-espinhos são bonitinhos e herbívoros e quietos e não fazem mal a ninguém a não ser que sejam atacados. Esse post não pretende criticar ou fazer um discurso de ódio ou incentivar violência contra esses pequenos animais.
Uma semana porco-espinho é afiada e difícil de manusear. Você entra nela esperando que fique tudo bem, pensando que ela é inofensiva, mas ela explode as suas expectativas no momento em que a coloca nas mãos. É como a lógica do cachorro ao ver um porco-espinho: é pequeno, é rápido, é interessante, tem um cheiro legal. A reação é querer pegar. As consequências são dolorosas.
Na semana porco-espinho, nada acontece como o esperado. Você tinha planos e intenções e propósitos, todos jogados pelos ares no momento em que a semana desponta. Tudo precisa ser redesenhado, os compromissos perdidos e remarcados ou compensados na semana seguinte — uma semana que, espera-se, seja diferente dessa. Uma semana que não pareça tão determinada a te contrariar.
A semana porco-espinho é uma semana de exaustão. Uma semana de sono independente de quanto você durma (sempre menos do que gostaria) e de cansaço independente de quanto tempo você seja obrigada a ficar apenas esperando as coisas voltarem para o lugar. É a semana feita de dias eternos que você não percebe que estão passando, porque está tão fora de si mesma e da realidade que parece que o tempo funciona de um jeito diferente, concomitantemente distendido e acelerado.
Mesmo quando você tira os espinhos (os grandes com os dedos, os pequenos com o auxílio exato de uma pinça), as coisas não voltam ao normal. As feridas tornam tudo o que você tenta segurar áspero demais, abrasivo demais, um peso maior do que deveria. Não dá para pegar coisas que você costuma mover sem perceber. Nem enchendo de bandaid e bandagem e pomada as suas mãos voltam a ser o que eram antes do começo da semana.
Felizmente, semanas porco-espinho não aparecem sempre. Na maior parte do tempo, as semanas jogadas na gente são bolas de verdade, sejam de bexiga ou de boliche.
É sempre uma questão de reflexo.
乁( ˙ ω˙乁)
Uma semana porco-espinho é afiada e difícil de manusear. Você entra nela esperando que fique tudo bem, pensando que ela é inofensiva, mas ela explode as suas expectativas no momento em que a coloca nas mãos. É como a lógica do cachorro ao ver um porco-espinho: é pequeno, é rápido, é interessante, tem um cheiro legal. A reação é querer pegar. As consequências são dolorosas.
Na semana porco-espinho, nada acontece como o esperado. Você tinha planos e intenções e propósitos, todos jogados pelos ares no momento em que a semana desponta. Tudo precisa ser redesenhado, os compromissos perdidos e remarcados ou compensados na semana seguinte — uma semana que, espera-se, seja diferente dessa. Uma semana que não pareça tão determinada a te contrariar.
A semana porco-espinho é uma semana de exaustão. Uma semana de sono independente de quanto você durma (sempre menos do que gostaria) e de cansaço independente de quanto tempo você seja obrigada a ficar apenas esperando as coisas voltarem para o lugar. É a semana feita de dias eternos que você não percebe que estão passando, porque está tão fora de si mesma e da realidade que parece que o tempo funciona de um jeito diferente, concomitantemente distendido e acelerado.
Mesmo quando você tira os espinhos (os grandes com os dedos, os pequenos com o auxílio exato de uma pinça), as coisas não voltam ao normal. As feridas tornam tudo o que você tenta segurar áspero demais, abrasivo demais, um peso maior do que deveria. Não dá para pegar coisas que você costuma mover sem perceber. Nem enchendo de bandaid e bandagem e pomada as suas mãos voltam a ser o que eram antes do começo da semana.
Felizmente, semanas porco-espinho não aparecem sempre. Na maior parte do tempo, as semanas jogadas na gente são bolas de verdade, sejam de bexiga ou de boliche.
É sempre uma questão de reflexo.
乁( ˙ ω˙乁)
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